quarta-feira, 18 de junho de 2014

OS OLHOS MEUS

Dos meus olhos uma lágrima
Desceu veladamente
          e triste
molhou os olhos meus.

As menins dos meus olhos
Antes alegres, contentes
Choravam penosamente
Um amor que não nasceu.

Ai! olhos pobres cansados e oprimidos
     Nunca os vi tão tristes, tão sofridos
Pobres olhos cansados e oprimidos.

Nenhuma luz a mais os alumia
     Nada mais os faz ficarem  contentes
     É como se morressem de insônia
     Ou de uma qualquer febre intermitente.

Nunca os olhos meus ficaram tão mais
                                       Tristes...
        Nunca o brilho deles por alguém cedeu
       Como cede hoje, como cede agora
       Por um amor que jaz, aqui, no peito meu.

Não adiantam as cores de vida
       Não adianta do pássaro o cantar
       Não adiantam os afagos da amante
       Nem o desejo da carne a chamar.

Nada tem mais sentido nesta vida
       Se o amor verdadeiro está ferido
       Só se alegrarão meus olhos tão sofridos
       O dia em que o amor for convivido.


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