As árvores balançavam
Os pássaros cantavam
Numa paz serena
De harmonia Santa.
A natureza era só vida
Sem nenhuma só ferida
Aquela paz retirar.
Foi quando num baque surdo
Um tiro ecoou no mundo
Fazendo tudo tremer.
E a avezinha, que antes cantava
No mais alto galho do tamarineiro,
Sentiu que as pernas lhe faltavam
As asas não lhe obedeciam
Viu ao redor escurecer.
E caiu.
Do mais alto galho do tamarineiro
Um corpinho despencava inerte
Com o olhar triste no céu
Como ao se perguntar:
"Meu Deus...por quê....por que, meu Deus?...
E ao chegar ao chão aquele corpinho
Cinco dedos gigantescos lhe apertaram o corpo
Mais cinco lhes despiram as penas
E lhe atiraram a cabeça fora.
Depois desse crime hediondo
O monstro humano saiu a sorrir,
A procurar mais vítimas
Para aplacar sua gana.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário