segunda-feira, 11 de abril de 2011

CRIME HEDIONDO

As árvores balançavam
Os pássaros cantavam
Numa paz serena
De harmonia Santa.

A natureza era só vida
Sem nenhuma só ferida
Aquela paz retirar.
Foi quando num baque surdo
Um tiro ecoou no mundo
Fazendo tudo tremer.

E a avezinha, que antes cantava
No mais alto galho do tamarineiro,
Sentiu que as pernas lhe faltavam
As asas não lhe obedeciam
Viu ao redor escurecer.

         E caiu.

Do mais alto galho do tamarineiro
Um corpinho despencava inerte
Com o  olhar triste no céu
Como ao se perguntar:
"Meu Deus...por quê....por que, meu Deus?...

E ao chegar ao chão aquele corpinho
Cinco dedos gigantescos lhe apertaram o corpo
Mais cinco lhes despiram as penas
E lhe atiraram a cabeça fora.

Depois desse crime hediondo
O monstro humano saiu a sorrir,
A procurar mais vítimas
Para aplacar sua gana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário