terça-feira, 5 de abril de 2011

POETA

Ai como é triste a poesia
Que fala do Coração
E debulha a ilusão
De uma vida tão vazia
Onde a dor e a saudade
Andam sempre em harmonia.

E a união é tanta
Da poesia e da dor
Que chora sempre o poeta
O beijo que não levou
Os lábios que nunca teve
A mulher que não amou.

E quanto mais segue na vida
Os burburinhos do mar
Mais se lembra das feridas
QUE não as tem, nem quer sarar
Pois leva sempre na vida
A dor que nunca terá.

Melancolia nos olhos
E a dor no coração
Fazer sempre do poeta
Planeta sem dimensão,
Um mártir do sofrimento
Uma flor, sem teto ou chão.

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